Só mais um pouco

Gelo, pêssegos, homeopatias e necrose.
Não nessa ordem ou tudo ao mesmo tempo.
Depois de algumas notinhas no blog, resolvi tentar publicar algo decente. Mas, não ando conseguindo pensar nada com coerência, introdução, desenvolvimento e conclusão, portanto exponho aí abaixo o mosaico de pensamento desconexos dos últimos dias...

1. Vou acabar, pela primeira vez na vida, um potinho com bolinhas de homeopatia. Tomarei 60 dias, e já está quase no fim. O remédio serve a cicatrização e etecéteras. Alguém já tentou se matar com homeopatia? Eu já, mas é melhor comer um suflair!

2. Comecei a fisioterapia hoje. Dois rapazes simpáticos, doces, suaves, delicados e profissionais vão mexer no meu pé pelas próximas semanas. Eles ajoelham no chão, massageiam o pé, e melhor, vão bota-lo pra funcionar. Meus dias de princesa apenas começaram...

3. Labirintos da memória. Comendo uma ameixa, nesses últimos dias, lembrei de que descobri o beijo na boca com uma caixa de pêssegos, no banco de trás do carro, na Anchieta parada pelo congestionamento de ano novo. Devia ter uns doze anos, e aquela fruta doce, que eu devorei uma a uma quase morrendo, foi pra mim meu namorinho de descer a serra. Sabedoria Wando!

4. Voltando a fisioterapia que foi hoje, nada com ter essa suavidade profissional pra poder fazer um pé recém operado voltar a mexer, e te convencer a ficar 20 minutos com dois sacos gigantes de gelo amarrados no pé, e perguntar se ta doendo senão ele tira. É claro que está doendo, mas pode deixar! O velho truque!

5. Hoje tomei um puta escorregão de muleta. A Márcia, a nova faxineira aqui de casa, resolveu lavar o tapete da sala, encerar o chão. Daí, a coisa muito limpa ficou danosa. Escorreguei e apoiei o pé no chão com tudo. E não doeu, só meu coração que eu quase vomitei de susto. Por isso que eu to apostando no milagre da medicina. Daqui a cinco dias vou tirar um raio-x e meu tornozelo vai ter um calo ósseo tão grande que eles já vão me deixar pisar, mesmo que com meia carga. To batendo apostas com a minha mãe, um real, quem vai?

6. Também fui no médico hoje (quanto agito) e ao abrir a minha cicatriz, já sem pontos, ele descobriu um pequeno ponto de infecção. Ele disse ser superficial, só na pele, o ferimento ta fechado. “É um risco que se corre em uma pele fragilizada por inúmeras cirurgias: a necrose”. Pânico, perguntei: “Fer, o que vc entende por necrose? Pra mim é apodrecimento!” “Não”, ele disse, “é morte da pele. É esperado”. Antibiótico, só mais um pouco.

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