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Mostrando postagens de março, 2005

Com os burros n’água

Hoje comecei a nadar. Me rendi as evidências de que talvez eu leve algum tempo pra sair desta cidade. Resolvi nadar pra acelerar as coisas já meio lentas. Percebi que eu vou começar a andar na mesma época de que andei quando foi o acidente, poucos dias antes do meu aniversário. Aliás, estou pensando em fazer uma festinha em São Paulo, ainda não sei onde. Queria que todos vocês viessem.Fora isso, mestrado, fisioterapia. Estou de saco cheio, deve ser mesmo o inferno astral. Pelo menos acabou a quaresma!

Sabedoria Caetano

“Circuladô de fulo ao deus ao demo dará que deus te guie porque eu não posso guia e viva quem já me deu e ainda quem falta me dá.” Estou afastando, certeira, minha ladeira de autocomiseração. As vezes até peço, agora que sou mística, pra que tudo de certo: os empregos dos que precisam, as ameaças de agressão, as trapaças da cabeça, as enganações do coração. Certa disso estou sentada na frente do rio esperando a corrente certa pra começar a nadar.. Também afasto, certeira, a tendência a acreditar no buraco escuro e fantasmagórico em que às vezes se encerra todo mundo, ou melhor, se encerro eu. Parece que está todo mundo, mas está só eu mês, sozinha. Afasto a tendência de não enxergar. “...que no fim eu acerto que no fim eu reverto que no fim eu conserto e para o fim me reservo e se verá que estou certo e se verá e se que tem jeito e se verá que está feito que pelo torto fiz direito que quem faz cesto faz cento se não guio não lamento pois o mestre que me ensinou já não dá ensinamento.”

Meio Explicado

Eu estou meio apaixonada por um cara meio parecido com o Marco Ricca. Vocês acham que eu ia gostar de um cara que casou com a Luana Piovani, mesmo em filme? Vou contar a história. Tudo começou naquela viagem pra Parati. Ele estava lá com uma namorada e com aquela galera de Campinas amigos do Du ique. Depois fomos pro Sono e ele foi também. Ficava na rede, fumando o dia inteiro, meio quieto. Na época, até doeu! Ta bom, mais um campineiro, mais um engenheiro. Naqueles tempos eu namorava o Moises, estava louco pelo dono do cachorro que vivia em casa e fiquei temporariamente louca por esse italiano. Ele tem algo de Marco Ricca, tem o meu tamanho, um olho parecido, um nariz meio grego meio italiano, é sério, charmoso, interessante, trabalha com vídeo, febem, ongs.. Pra engenheiro, saiu pela esquerda! No ano seguinte encontrei com ele em uma festa do Maionese, no Riviera meio vazio. Conversei muitas horas seguidas com ele...nem lembro o que. Agora, logo que entrei na festa do Lu a gente come

Sem bico

É isso, o Ministério do Trabalho e o Sindicato dos Jornalistas vieram me ajudar a garantir meus direitos trabalhistas...e eu rodei. Perdi eu bico na Folhasp. Me sentin naqueles caminhões de bóias frias, que o Ministério ajuda a ficar sem dinheiro quando exige carteira assinada e manda todos os caras de volta pra casa. É bonito de ver! Tem algumas vantagens, por exemplo brincar de estudante nesses meses cruciais. A desvantagem é dinheiro mesmo, pra pagar tudo que eu devo e vou dever com fisioterapia e outras terapias e remédios. Os oitocentinhos ao vai dar. Também não dá pra arranjar um novo trampo de muleta. É, to fuds por enquanto. Mas estou bem. Pelo menos me livro a sensação que eu tive, por umas três semanas...Acordei todas as manhãs pensando que minha defesa era hoje e eu não tinha terminado a dissertação. Gostoso, né? Fora isso, to apaixonada pelo Marco Ricca...depois eu conto os detalhes!

Desconexão

Comecei este post faz uma semana. Ele começou a ser escrito em itens, para facilitar a leitura de tantas coisas desconexas, mas acho que em letra corrida a coisa fica mais confusa, mais ao gosto desta que te escreve. Coloquei uma música agora, uma salsa, e já consigo me imaginar girando no salão nos braços de algum guapo, a rodar tão bem como se tivesse asas nos pés. Sim, meu pé está melhor, mas não pra tanto. Obrigada pelos comentários amigos e saudosos. Estou tentando escrever, disputo espaço com o marasmo ocupado em que me encontro e com meu irmão que joga o dia inteiro nesta máquina de entretenimento. Quando sobra um tempo, eu já estou vendo a Nazaré, depois um filminho, depois meu último volume do Tempo e o Vento e depois sono. De manhã fisio, terapia, algum passeio, almoço, crochê, às vezes dois parágrafos na introdução da tese, crochê, jornal da Band, jornal Nacional, e voltamos a Nazaré. Anda sendo quase isso, todos os dias, de tédio eu não estou morrendo...morro é de inanição