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Mostrando postagens de abril, 2005

No mural da fisioterapia

Em frente a bicicleta ergométrica existe um mural No mural estão as fotos dos atletas que foram curados naquele lugar No meio das fotos há um papel com uma mensagem, que só dá pra ler um pedacinho. O pedacinho dizia... " Não corra atrás das borboletas. Cuide do seu jardim que elas vêm até você" Piegas, não

Sabedoria Leminski

Vocês devem ter notado a overdose de Paulo Leminski nos posts dos últimos dias. É, estou adorando o livro que comprei faz tempo e que agora me caiu no colo. Naquele esquema de usar que nem bíblia (pensa numa coisa e abre o livro), encontrei respostas que enm o oráculo Conceição me deram. 1. Sobre aquela minha teoria de ficar parada: Alguém parado é sempre suspeito De trazer como eu trago Um susto preso no peito, Um prazo, um prazer, um estrago Um de qualquer jeito Sujeito a ser tragado Pelo primeiro que passar Parar dá azar 2. Sobre o amor, posts antigos e estas coisas essa vida que eu quero, querida encostar na minha tua ferida OU AMOR BASTANTE Quando eu vi você Tive uma idéia brilhante Foi como se eu olhasse De dentro de um diamante E meu olho ganhasse Mil faces num só instante Basta um instante E você tem amor bastante

Só pra lembrar

One is the loneliest number that you ever do (...) One is a number divided by two (...) Two can be as bad as one, it´s the loneliest number since the number one"

Bolo de

" Tão doce, tão cedo, tão já Tudo de novo vira começo" Do leminski A decepção é sempre maior do que a expectativa. Mesmo se a expectativa for pequena, quase nula. Expectativa daquelas relutantes em fugir das inúmeras vozes que sussurram no ouvido, que te dizem “não espera muito”, “ é só mais um”, “imagine”. Vivi grandes momentos neste final de semana, com aquele que se convencionou chamar por Ernani Moraes, grande, mais velho. Achei que ele não era de brincadeira. Por odiar joguinhos de poder achei que estes passavam com correr da idade. Depois DELE fazer insinuações de programinhas pelo próximo mês, comer ali, ir acolá, etcétera. Falei, vamos. Domingo à noite ele relutou em ir embora da minha cama, da minha casa. “O que você vai fazer amanhã?” Respondi “Médico, fisioterapia, estudar”. Ele disse “Vou no zoológico com as crianças (em tempo, ele é professor), volto as cinco, nos vemos?” Saí do médico às 5:30. Liguei, ninguém atendeu no celular. (Pensei, estranho, não deve poder

Jornadas à pé I

“Quem chega tarde/Deve andar devagar/Andar como quem parte/Para nenhum lugar Vida que me venta/Sina que me brisa/Só te inventa/Quem te precisa” Do Leminski Passando o entusiasmo de aniversário, estou precisando contar pra vocês um pouco do meu cotidiano aqui na metrópole. Não está fácil! Mas quem disse que ia ser fácil. Eu queria que fosse difícil mesmo. Só pra lembrar, uma advertência aos leitores: ISSO NÃO É RECLAMAÇÃO! Estou bem feliz de por estar aqui. Até o barulho tão barulhento do meu largo me fazia falta. Esse rugido 24 horas de São Paulo está ninando o meu sono, na minha cama grande e vazia. Estou numa puta dureza. Estas linhas tortas do destino me pregaram uma peça boa. Três quartos da bolsa pagam fisioterapia e remédios. O resto é pra comer, fumar, beber e ir. Estou comendo toda a dispensa da casa, macarrões, sopas Maggi obscuras que meu tio comprou, comida congelada há tempos. A pergunta é, vale a pena? Vale primeiro pelo moral das tropas. Estava começando a ficar triste em

Jimis entusiasmado na metrópole

O domingo à noite, final do dia do meu aniversário, tinha tudo pra ser mais um domingo à noite, mais um final de dia de aniversário. Um dia melancólico porque foi o dia que eu cheguei, depois de três meses ausente, de volta a minha casinha. Já passei por isso, cinco anos atrás. Voltei num domingo à noite, sem ser meu aniversário, pra São Paulo, depois de um tempo em Itu acidentada. Sozinha, passei a noite tentando me localizar na minha vida, revendo caixinhas, cadernos e memórias. Desta vez foi diferente. Fui retirada do buracão melancólico que estava prestes a me meter (rede pendurada, tango na vitrola) pelo telefonema surpresa do meu amigo James. “Vamos tomar? Que bom que você topou.” Pensou ele e eu. O James como um bom urbanista que é logo percebeu o potencial deste fantástico calçadão espremido entre a igreja e o buteco Birinight´s. Somente a Santa Cecília mesmo pra ser conivente com o espaço de luxúria e samba bem ao lado de sua casa. Mas dizem mesmo que essa santa é a padroeira

Ciclos

Parece mesmo que a vida humana, mais ancestral, é marcada pelos ciclos. A racionalista é que é linear, progresso, sucesso, idade, hora, dia, ano. A gente vive mesmo no acorda, come, dorme, vê novela, alguns trepam. Nasce o sol e depois a noite chega, não vem falhando há alguns anos. Por exemplo, acabo de chegar ao fim do meu ciclo menstrual. Sem surpresas de ter sido interrompido por uma fecundação, sem grandes atrasos ou angústias. Só tive que correr (com muletas), para comprar ob antes de ir nadar. Incômodos. Lembrei que eu parei de nadar quando tinha 12 anos e fiquei menstruada pela primeira vez. Meu técnico militar não entendia que eu tinha que faltar uma semana nos treinos, as meninas mais velhas não entendiam como eu não acreditava nelas de que na água não descia e eu não entendia mesmo como eu ia lidar com aquela sanguera uma vez por mês por muito tempo. Parei de nadar, fui jogar vôlei. O ciclo fechou outro dia quando voltei a nadar e minha professora/personal é uma dessas minha