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Mostrando postagens de novembro, 2005

Um ano de lume vagante, com atraso

Estou trabalhando neste sábado, amanhã e nos próximos finais de semana. Planos de descanso, só no futuro em com cinco estrelas...depois eu conto. O pior é vir de ressaca trabalhar, tendo dormido cinco horinhas na cama de um moço de cheiro muito bom. O cheiro até veio comigo! Descobri hoje que esse blog fez aniversário e eu nem liguei. Aproveitando o tempo infindável na Internet resolvi reler tudo o que escrevi. Que incrível ter registrado um ano de vida! Aconteceram muitas coisas, mas nem tantas assim que me fizessem me sentir diferente de hoje. Há um ano atrás eu estava me sentindo meio parecida com hoje...a não ser pelo pé que estava ruim e agora está bom.

Alguma coisa sobre os nós

No meio da mesa branca a mandala colorida, traçada com os pontos cardeais mais longínquos, aqueles que ninguém sabe bem o nome mas que todo mundo já esteve algum dia. Na mandala, conchinhas que caem com as bocas dentadas pra cima e dizem, praquele pai, onde você mora, está, sente, fica, sofre e quer. A sala branca desenhada tem cheiro doce, de perfume antigo, luz de vela colorida, ofertas mil de gente que busca aquela muitacoisa que nos falta. Um pouco pra todo mundo, sempre. Alguns mais outros menos, sempre também. Eu não estou querendo nada, pai! Assim, digo, nada que seja uma coisa só. Tento entender esta linhagem antiga que me fez ir ali, tento desfazer os nós da longa corda que carrego, corda carregada de pessoas mais velhas do que eu, talvez gente que eu nunca tenha conhecido. Estranha as heranças que não sabemos ter, mas que são tão vivas quanto a cor da pele depois de um furinho. Vaza então esta cor e todas as coisas que trago nem sei de onde. Hoje está sentado na minha cabeça

Sobre o clássico buteco

Um dia um amigo pensou no emprego dos sonhos...rodar o Brasil mapeando os butecos mais butecos do país, e fazer um guia para aficionados como muita gente que eu conheço. Pra começar boteco não tem nada a ver com aquilo que se encontra na Vila Madalena, uma reles imitação, aquilo são “barzinhos”. Em um buteco clássico consegui identificar alguns elementos, mas comentem se me esqueci de algo... . Mesinhas de plástico ou ferro de marcas de cerveja, nunca nada mais confortável que isso . Máquinas de caça-níquel com o som alto, para vc escutar o pin-pin o tempo todo . Vende cigarro . Tem uma juke box com o som no último, com o melhor do pagode e do brega . A maioria dos freqüentadores são homens . Tem uma santa escondida em algum lugar . Tem patuás perto do caixa, sempre um balcão de vidro, com doces e quiquilharias . Rola um samba escondido da polícia de vez em quando . Tem o melhor dos petiscos, desde picanha até tremoço (que eu adoro) . Garçons muito ágeis, que logo ficam amigos . Tem sa

Médio meio mais ou menos

Sem maiores sustos, estou feliz e triste ao mesmo tempo. Quase feliz e um médio triste, nessa proporção. Acho que por isso as lágrimas não saem nem a fórceps Procuro não pensar muito numa pessoa que virou saudade. Procuro pensar muito em mim, nas minhas razões e atitudes. Até que funciona... Muito arriscado são as horas que ficam entre as 22:00 e a 1:00. (Assista TV, leia um livro, faça um crochê, tire a cutícula) Também é arriscado o solzinho da manhã na fresta de veneziana apontando para o vazio no local ao lado na cama gigante (Vc pode dormir na diagonal, nada como sentir-se tão repleta e cheia de espaço) As noites de calor também são crueis para lembranças doloridas (Saia para uma praça animada, beba muitas cervejas com amigos bons)

Encravada

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Tem uma dorzinha encravada nas lágrimas que ainda não derrubei. Estou fazendo um esforço pra chorar tudo logo de uma vez, chega, passa pra outra Aluguei, portanto, um filme que me disseram certeiro para esses casos graves de necessidade médica de desopilação. E nenhuma das lágrimas, encravadas, resolveu sair.

Sobre amores pulgões

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O que dizer de uma conversinha rápida, de um cartão telefônico para um celular, de uma moça para um moço, que se vêem há sete meses, que não se vêem nem falam há quatro dias porque começaram a fugir um do outro, a moça porque quer se salvar correndo par as montanhas, o moço porque tem compromissos com o bar e os amigos e a conversa rápida segundos antes de acabar o cartão é: _ Fui viajar pro sítio do amigo, aprendi a tratar de pulgão, lembrei de você! OS: Tá, minha planta tem pulgão, mas haja! Veja acima que é um pulgão Um bicho verdinho que destrói as plantas “comendo sua seiva”. Alguma analogia?

Me peçam depois pra contar dos pulgões

Mais uma vez escrevo em itens, mais pela necessidade de atualização deste brog. Ando pensando tantas, tantas que não dá pra ter coerência. Ou será que eu já tive? . A maior novidade é que acabo de ser convocada no concurso para professora do Estado. No tempo certo, depois do mestradim e talvez para assumir só no ano que vem. Tudo me embaralha a cabeça agora: emprego público, duas férias por ano, moleques interessantíssimos, moleques sofridos, loucura. O professorado é uma das classes mais loucas que conheço, no bom e no mal sentido. Medo de perder a tão cultivada sanidade mental que quem me conhece mesmo sabe que eu nunca tive. . Sobre as coisas velhas então. Percebi hoje que estou falando sozinha, na rua, enquanto caminho e até no elevador. E o pior é que só me toquei porque as pessoas estavam me olhando esquisito. Na hora eu brigava com um moço em voz alta, discutia tudo o que eu falei ou deixei de falar. Que sintoma de sanidade! . Estou lendo um livro muito empolgante. Se chama Afro