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Mostrando postagens de 2006

Rumo a caderninhos 2007

Estou há dois dias procurando a frase que vai iniciar o meu novo caderno. Buscando o no presente de natal, livro de poesia que eu ganhei. Talvez esta busca termine em branco, branco como o início do caderninho 2007 que pretendi começar hoje e não deu. Levo ele pras franja do mar comigo, pra ver quem ou o que me inspira a começar. Ou talvez não haja inspiração, mas só mo começo. E 2007 será o não esperar. Sei que não esperar eu não posso, então.... Da esperança, a dona desta palavra tanto quanto de sua negação, eu não tenho como desistir. Mas tenho que mostrar quem manda e começar a esperar exatamente o que e quem espero, para ser mais específica e não confundir esta velha senhora que deve estar bem cansada. E que carrega a sina de não morrer nunca.

Filosofia de msn

CUCA diz: mas mudando de assunto, sobre o nosso papo de ontem, eu acho que vc tem razão Raquel diz: desencanou do nirvana hehe CUCA diz: eu não posso não querer. Eu queria não querer...e aí que o bicho pega, mas eu não posso Raquel diz: é, é... CUCA diz: as coisas acontecem a partir de querências, se eu não quiser, não acontecem. mas eu não quero querer, sacou a filosofia? Raquel diz: saquei, mas não sei porque... CUCA diz: porque é muito chato ficar querendo Raquel diz: é, mas querer é o primeiro passo para ter. Raquel diz: Se você quer ter, tem que querer CUCA diz: odeio esta filosofia Raquel diz: papo de malucoooo CUCA diz: mas só querer não quer dizer nada, e enche o saco Raquel diz: é, o querer envolve muitas coisas... Raquel diz: não dá prá só querer. mas é um bom começo CUCA diz: E não tem nada prático que eu possa fazer para resolver essa querência Raquel diz: não tem mesmo. Não existe nada prático neste ramo dos sentimentos CUCA diz: E é melhor não querer o que não está a meu

Sem filosofia

Temendo ser acusada de abandono volto ao blogue para atualizar a passagem desses dias. Com quase nenhuma organização sai este post de fim de ano, e em itens. Filosofia, nem barata nem cara. Meu blog fez 2 anos e eu esqueci Um amigo de infância fez aniversário e eu esqueci; outro me telefonou depois de três anos de saudades Briguei na escola Tomei três tempestades Fui pra Itu duas vezes Limpei guarda-roupas Fechei médias, fiz tarjetas Terminei o jornalzinho da 7ª série Li 3 livros muito bons Briguei com o cobrador Perdi o ônibus Bebi cerveja demais Procurei apartamentos, briguei com corretores Consertei um alagamento dentro da sala de casa Assisti uma semana de Páginas da Vida Roí as unhas Comi um alpino GG e um pote de Nutela Ainda não estou de férias! Aviso: Caixa de memória está lotada!

O Eterno Frio da Primavera

“Um livro, sempre uma tábua de salvação, poderá permitir sonhar que muitos lugares podem ser o Lugar” Abandonei, depois da página final, a mesa do bar. A última olhada me diz: um cinzeiro com três bitucas, uma garrafa vazia, um resto de prato e uma lágrima contida. Tudo o em volta me dizia o contrário, pessoas com aventais brancos riem alto mas eu não ouço. Estou lá naquela ilha do Chile, na qual estive há dez anos. Chiloé. Lá comprei uma boneca, chamada pelas artesãs da ilha de bruja . Una bruja de Chiloé. Llevátela! Nunca conversei com ela, não aos dezenove anos. Talvez eu devesse. Lá neste lugar que, pelo livro, é o sul do Sul, tudo era lã de carneiro cheirando a curral e cerveja gelada tirada da prateleira. O frio, o maior que já suportei na vida. Mas não tão cruel quanto este insuportável frio de primavera que me ronda há anos, que parece ancestral. O livro que me apego há 48 horas conta sobre o amor. É um romance sim, que tenta agarrar todas as mil faces do amor neste século qu

Vai Saci!!!!!!

Outros causos contados pelos meus alunos. Fortes indícios de que Saci vive e está em todos os lugares. Minha avó, Dona Francisca tem 65 anos e contou uma vez pra minha mãe uma história sobre o pai dela. Minha vó contou que um dia meu avô se perdeu na floresta e estava com muito medo. Meu avô viu um vulto muito forte e era o saci. Ele foi com o saci no redemoinho que o levou para casa. Ele falou pra todo mundo, mas ninguém acreditou nele. No outro dia meu avô foi até a floresta para ver se encontrava com o saci de novo, mas o saci não foi mais lá, nunca mais. * Eu perguntei pra minha mãe e ela me disse que um dia ela e minha tia foram tirar leite, porque eu morava no Paraná. Daí escutaram um barulho e foram ver o que era. Quando elas olharam não viram nada, mas quando minha mãe olhou pro lado viu um menino negrinho de uma perna só, indo para o meio do mato. Depois elas pegaram o leite e levaram para dentro da casa. Quando experimentaram, o leite estava azedo. Naquele dia minha mãe, min

O outro lado do mito ou a história re-descoberta

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Recente descoberta arqueológica vem revolucionar a história, a mitologia e a psicanálise barata. Uma historiadora contemporânea que não quis se identificar, vasculhando clandestinamente um acervo digital público, declarou a este blog que a história de Medusa na verdade não se encerra na famosa batalha entre a mesma e Perseu. Este confronto imemorial, algumas vezes reproduzido em relacionamentos amorosos, relatava a morte da personagem após ver sua própria imagem refletida em um escudo de aço polido. As serpentes teriam sido decepadas, junto com sua cabeça, de onde brotara o veneno e a cura de todos os males. A descoberta, no entanto, vem desvendar a atual vida de Medusa. Há fortes indícios que apontam para uma vida boa ao lado de sua ex-esposa, com o amor entre ambos reavivado logo após o confronto com Perseu. Deste herói, pouco se tem notícia, mas fontes protegidas contam que ele se envolveu em uma jornada de trabalho que pretenda superar a de seu concorrente, Hércules, em busca de

Uma tia no Playcenter ou sobre adolescentes e outros monstros

De quando todo mundo se encontra no escuro, e no que isto pode dar. Do programão do qual todos os professores fugiram, a novata aqui aceitou. Êêê a professora vai! Afinal, havia 12 anos que não pisava naquela terra mágica das diversões e do consumo. E dessa vez eu iria do outro lado. A primeira descoberta foi a Sala dos Professores: telefone, fax, água, café, televisão, internet, sofás. Não consegui ficar nem dez minutos lá dentro porque havia 73 na minha responsabilidade lá fora. Duas horas depois eles nos encontram, todos encharcados e felizes...tinham conseguido ir em UM brinquedo. Vamo, vamo, vamo, fui. Uma hora de fila para passar um puta medo numa montanha russa violentíssima (é, agora são mais de três). Medo que eu me julgava imune, mas o brinquedo quase arrancou minha cabeça fora. A uma hora de fila também vale um comentário: novas regras. Quem reclamar de quem furar fila, apanha. Eu, um pouco constrangida, abriguei seis alunos que descaradamente pularam o labirinto de gradinha

Mil chinelos para Lucas

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No buteco da Oscar Freire, lotado com os operários que trabalham na reforma das calçadas, o atendente tenta me cobrar 1,90 por um refrigerante. Não, obrigada. Aproveito as mesinhas de plástico da frente do bar para corrigir as redações das 5ºB. O exercício era fazer uma redação sobre uma pessoa que não sabia ler e foi viajar pelo Brasil. De tudo saiu sobre quem não freqüentava a escola porque era chato, porque os pais na achavam importante e sobre quem era enganado, perdia o ônibus ou a rua certa onde deveria descer. Faltando meia hora para a última aula do dia resolvi caminhar lentamente pela Oscar Freire para observar cheiros, vitrines, pessoas e preços. Em frente à livraria da Haddock Lobo conheci o Lucas. Ele é uma criança bem pequena, estava descalça e carregava uma caixa de engraxate feita sob medida. Ele disse: Me dá um real pra eu comprar um chinelo? No Pão de Açúcar. Lucas. Tô na 2ª série. Em Guaianazes. Minha mãe ta vendendo bala no farol. Igual a do sítio? É, se você fosse m

Metade cheia, metade vazia

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Escrevo para me fazer companhia em um compromisso: terminar uma garrafa de cerveja que sobrou de uma reunião em casa: metade cheia, metade vazia. Estou na minha 15ª hora acordada, somente a última não foi gasta trabalhando. Parece ruim, mas não é. A minha metade cheia está lotada. Tenho muito mais compromissos do que aconselha a vã filosofia. Porém, os 250 alunos, os 500 problemas, os cinco projetos não remunerados, os bicos e as boas sete horas de sono me deixam feliz. Para a metade vazia sobram as entrelinhas do tempo.

"Causo" baseado em fatos verídicos

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Texto da minha aluna da 5ªB, produzido da oficina de "Causos" da nossa cultura. Por ocasião da festa do Folclore da escola. No sábado 26, todos convidados "Esta é do Saci-Pererê Meu pai, de 45 anos, contou que uma vez, quando ele tinha dez anos ,o pai dele contou pra ele que quando ele mesmo tinha dez anos ele foi visitar uma tia que morava num sítio em Bebedouro, interior de São Paulo. Em uma noite de lua-cheia foram passear na cidade e quando eles voltaram começaram a escutar uns barulhos estranhos no meio do pasto. Eles olhavam para todos os lados e não viam nada de estranho. Aí, o pai do meu pai, assustado, perguntou para o tio dele: _ Tio Lazinho, o que está acontecendo? _ Não está acontecendo nada, meu sobrinho. _ Mas tio, por que os cavalos estão assustados no pasto? _ Não é nada, é só o saci-pererê brincando com eles. Aí ele, muito assustado, quis ir o mais rápido possível para casa. No dia seguinte logo cedo ele foi passear com os primos e eles mostraram o que o

Adolescência!

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Cercada por todos os lados por eles, tento conversar sobre história... Numa sexta série sobre os Direitos Humanos: _ Gente, quais são os direitos básicos de qualquer ser humano? _ Trabalho! _ Educação! _ Sexo! * Na mesma sexta, horas depois, assistindo um filme onde aparece de relance uma sombra do pelinhos daquele triângulo, onde eles sonham aprender geometria... _ Volta a fita, sora! Acompanhado de um pulo na cadeira

A Verdade sobre o Coração

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 Ontem, no ônibus. Homem velho – Então, fiz aquele exame lá. Porque disseram que meu coração estava muito grande. Homem novo – Melhor ter coração grande do que coração pequeno! Homem velho – Eu vi tudo pela televisão, mas o que me impressionou mesmo foi o barulho que faz. Homem novo – É assim, né? Tum tum, tum tum Homem velho – Não, né não. É assim: chuóóó, chuóóó. Quem nem cachoeira pingando.

Meu último encontro com Medusa

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Precisei de uma semana para ganhar coragem e ir procurá-la. No meio da madrugada, depois de todos os meses, um encontro entre quatro paredes. Sem medo. E a antiga lenda já havia me ensinado. Em meio a abraços de despedida, apontei-lhe meu escudo. A imagem refletida tornou-o pedra Já sem a temida cabeça, destruí todas as serpentes. Uma a uma.

Um encontro com Medusa

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Decorre da sabedoria popular um ensinamento “Não chama que vem”. Não se costuma falar no nome do diabo, até que se inventaram tantos nomes quantos se permitiu e, assim, disfarçar o inominável. Outro dia caminhava pela rua com uma amiga, perguntando por um alguém que não mais vi, falei ou tive notícias. Viste? Não, ninguém viu. Atravessamos a rua filosofando sobre a incrível sabedoria anterior “Se não chamar, também não vem”. E naquele segundo de vacilo, olhei pra trás e na esquina, atravessando a rua, passava este outro alguém. Reconheci pela maneira tão familiar de andar, pelo contorno do corpo, pelos cabelos, os braços e claro, pelas serpentes sobre a cabeça dele. A amiga pensou em chamar. Com o coração na boca, eu virei e continuei montanha acima, pra não virar pedra uma segunda vez.

Quando nos descobrimos hermanos

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Na terça-feira, dia de jogo, havia somente oito alunos na quinta série. Três deles bolivianos. Nesta sala eu faço meu trabalho de base Brasil-Bolívia. Eles já sabem dos fantásticos Incas e escutam quase todos os dias sobre a discriminação e racismo. Era a chance dos colegas ensinarem o que sabiam para o resto da sala. Ta bom, gente! Vamos brincar de dicionário português-espanhol. Como se escreve casa em português? Casa. E em espanhol? Casa. Tão vendo, moramos no mesmo lugar. * Na saída da escola, descobri que um deles tem uma Bíblia em aymara que o avô esqueceu quando voltou pra Bolívia. “Ele deve é ter deixado pra vocês de propósito!”, falei. “Traga pra eu ver, por favor. E descobre alguém que possa me ensinar a falar”. O outro aluno diz que a mãe dele fala aymara, mas só de vez em quando. Só “quando vem um homem lá em casa, ler o futuro”. Eu digo, “Jura?”. “É, ele é um feiticeiro. Espalha as folhinhas (de coca? é) e lê o futuro.”

Anhangá, São Jorge e todas as gentes

Quase dava pra dizer que todo mundo do centro estava ali. Uma multidão de gentes. Office-boys, manicures, vendedores, enfermeiras, camelôs, contínuos, escriturários, corretores de seguros, agiotas, compradores de ouro, garis, aposentados, funcionários públicos, crianças, bebês, meninos vendedores do farol, moradores de rua. Sem esquecer das meninas do Cine Cairo, que não abandonaram seus postos de trabalho sob a supervisão do cafetão gay que não nos deixou usar o banheiro. Estava quase todo mundo de verdeamarelo, com aquelas cornetas que nos dá um som de boiada, outras estridentes, outras improvisadas. O imenso telão lá da frente não dava pra todo mundo. Na nossa frente, duas palmeiras e uma teimosa goiabeira que nasceu no vale do Anhangabaú. Uma das palmeiras ficou tentando sair da frente o jogo inteiro, estava até meio torta...mas com uma visão privilegiada da partida. Primeiro tempo. A gente meio de canto, pensando nas próximas umahoraemeia em pé. Nos esgueirando entre um sem número

Às vezes...

Noites de luxúria com meu computador...Uma das minhas diversões preferidas, beber uma cerveja e escrever neste blog. Só faço isso às vezes. Eu esperei meses pra fazer isso. E nem sei porque estou fazendo hoje. Acho que consegui, depois de quase cinco meses de escola, desligar o cérebro. Brinde a isso, então! * Desci no barzinho da esquina (aquele que o dono me estende um LM quando me vê). Cheguei com a garrafinha, que é dele emprestada, e ele me vendeu uma brejinha quase cremosa de gelada. Só pra clientes preferenciais. Também vai ser a única, porque amanhã tem 5ªB. Este bar tem uma peculiaridade, me vende cigarro fiado. De manhã saio pra escola em transe, correndo, às vezes pego um maço e pago na volta. Eu gosto das relações de interior que se criam, saudades da caderneta da mercearia e da conta na locadora. * Tenho saudades, às vezes, de morar no Butantã. Mas acho que eu não conseguiria trabalhar o tanto que eu trabalho hoje, como eu não conseguia naquela época. Cada dia, uma desculp

Em plena campanha "Se é pra ir...

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vai Brasil! (ou volta de uma vez!)

Mudam-se os tempos...mas não muito

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Escrevia na lousa sobre a aventura das navegações. Na 5ªB, claro. Consegui conversar com eles hoje de novo, e contava sobre os monstros que viviam na imaginação dos navegadores que tinham coragem de se enfiar num barco por meses, temendo ciclopes, dragões e sereias... _ Tinha loira burra, sora? Não entendi, continuei falando outra coisa, pedi pra alguém sentar, pedi pras meninas pararem de falar, escrevi mais um pouco na lousa. Escutei o papo dos dois menininhos da frente. _ Então dizem que ela corta a boca com uma faca, pra você não gritar... _ E tem que dar três descargas... Parei, olhei e perguntei. Como se chama a loira? _ Loira burra, sora! A menininha do fundão vem correndo... _ Um dia eu cheguei no banheiro e encontrei uma menina chorando no canto. Ela disse que não entrava no banheiro porque a loira burra tava lá. Gente! Pessoal! Sabia que faz pelo menos 20 anos que esta história existe? Será que é verdade mesmo? _ Claro que é, Sora!, responde o David. Eu já vi.

Sem medo

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Carregando os livros que peguei de volta, num sopetão, sem olhar muito pra trás, sentei no ponto de ônibus da Corifeu. Que estava vazia...que nem eu. No caminho de volta, vi poesia... . no homem que corria pra pegar o ônibus . na moça de cor-de-rosa sentada encolhida nos degraus de um sebo Será que alucinei depois da pinguinha mexicana?

Hoje vivi o inverno de um ano atrás

Este frio nublado me trouxe lembranças estranhas, que eu quase julgava apagadas. Quando eu tirei um cobertor do baú, e com ele veio o cheiro conhecido, que quase julgava apagado. Há um ano atrás eu devia estar assim igual... Preciso mandar o cobertor pra lavanderia, e parar de ouvir a Vanessa Da Mata "Se voltar desejos Ou se eles foram mesmo Lembre da nossa música Música Se lembrar dos tempos Dos nossos momentos Lembre da nossa música Música Um costume de nós Fica agarrado As lembranças, os cheiros. Dilacerados Nossa bela história Está no passado O amor que me tinhas Era pouco e se acabou"

Fomos lá e fizemos...

Este final de semana foi muito especial. É muito bom concretizar planos, especialmente quando estes planos envolvem amigos, trabalho, militância, educação, e futuro. Depois de dez anos de amizade vejo que sim, a gente consegue fazer juntos aquilo que planejamos muitas vezes. Não que estes planos tenham sido inúteis. Sonhar o mundo fez parte da minha formação, foi a melhor parte, eu diria. Estava só esperando a hora de fazê-lo. Afeto, ânimo, reconhecimento, luta e esperança. Tudo isso em dois dias e uma noite. “(..)Viva a preguiça, viva a malícia que só a gente é que sabe ter Assim dizendo eu vou vivendo a utopia e vou levando a vida Eu vou viver bem melhor Doido pra ver o sonho teimoso um dia se realizar” (Da música cantada em roda, por todo mundo, entre abraços e cartazes com mãos estampadas de crianças, com o carinho da comida quente na barriga e mais um pontinho acrescentado na vontade para mudar o mundo)

5ª B 25 X 1 Professora Angela

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Na última quarta-feira marquei um ponto na quinta série B Só pra não passar por debaixo da mesa.... Arminha amplamente utilizada neste universo paralelo

Foto tão bonita...que eu tirei há tanto tempo

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Em primeira mão...

Logo às seis da manhã a piada já estava pronta. "Que dia horríver...", morria de rir o cobrador do 119C, enquanto contava para cada um dos (quase todos) corinthianos que entravam no busão. Saindo do terminal um berro, para que o fiscal corinthiano lá do outro lado escutasse. E de sobra, todo o pessoal que circulava. Tem sempre alguém que se diverte. Vai Brasil!

Em homenagem a...

Jonathan, Eny, Joel, Rodrigo, Sônia, Estefani, Gloria, Ayrton, Brandon, Milenka, Jesus, Jhosselim, Jhasmany, Jéssica, Elaine, Milena e Lucy Meus alunos e alunas bolivianos (as).

Celebramos...

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a luta do povo aymara!!!!

Camarada Expedito!

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Para todos os impossíveis!

Reveldes

Virando alfacinha na frente da televisão, depois de mais uma manhã exaustiva de salas de aula resolvi dar um pulinho no Rebeldes, a sensação televisivo-mexicana do momento. Medo! Apesar de eu ter superado há algum tempo a idéia da televisãoquimera, que meda! A imagem que se faz da escola, é sempre a pior...agora eu entendo onde se encontram aqueles ali dos posts abaixo. Episódio de hoje: Uma sala de aula cheia de alunos ricos, de famílias aristocráticas. Colégio interno com uniforme tradicional. Leia-se: mini mini saia, camisa amarrada, bota salto agulha, cabelos tingidos com mexa (agora eu vejo a Pámela da 5ªB que imita os mesmos). Fora um suspensório pendurado, riidículo, e uma gravata amarrada direto no pescoço. Resumindo: barbies escolares ou fantasias sexuais de marmanjos. Uma classe em fúria, guerra de bolinhas, professor de terno gritando nomes e levando bolinhada na cara (isso ainda não me aconteceu, os meus não miram em mim). De repente, o novo diretor entra. Silêncio, ele pux

Tô voltando!

Semana que vem volto a escrever com calma... Semana que vem volto lá pra folha, fazer biquinho... Semana que vem tem internet rápida. EHEH! Dormir pra quê?

Primeiras viagens, parte II

Hoje me sinto bem perdida. Aliás, tomei um perdido da 8ª Série. Todo mundo da escola toma, eles riem até da diretora. Dos 35 alunos, 25 são muito legais, legais mesmo. E eu estou vendo a energia deles sendo minada pelos outros 10, que fazem uma puta zona na sala. Hoje, me rendi. A não ser pelo fato que vou ter que voltar lá amanhã, e depois, e depois, até o final deste ano. E hoje, especialmente, não vejo nenhuma solução praquela classe, não dá nem pra falar com eles com a turma dos 10 imitando pregão de lotação e de feira. Perdi a voz e a energia, fiquei esperando o sinal bater desesperadamente. Vocês perceberam quanto vale cada segundo em sala de aula? Horas... As soluções básicas: gritar muito, humilhar o aluno, xingar de ignorante pra baixo. Mas eu não tenho coragem de peitar aqueles homões, além de achar isso o fim do mundo. Mas estou com problemas até para dar uma advertência pra mamãe deles assinar. Minha solução? Vai trabalhar, vagabundo. E estudar à noite, ganhar seu dinheiro,

Primeiras viagens, Parte I

Lanço ao mar esta garrafinha cheia de dúvidas. Educadores (as) e professores(as), S. O.S. Pelamordedios! 1. Resolução de conflitos em sala de aula a) Como resolver um conflito banal, como: “Sora, ele pegou meu lápis!” ou mesmo “Sora, ela jogou a minha tampa de caneta lá” b) Como resolver um conflito grave,como o menino de 14 anos da 5ªB dizendo para a menininha de 10 anos da mesma sala que ia “arregaçar a boceta dela” c) Como resolver este típico argumento infantil: “Foi ele que começou, Sora!” 2. Métodos e mágicas a) Como atender a 40 chamados ao mesmo tempo. b) O que fazer com uma sala refugo (desculpe o termo, educadores), que tem todo o tipo de crianças, como: 1. Com dificuldade de aprendizagem e um histórico familiar que só o resumo me arrepiou (vou poupa-los), que não enxerga a lousa, não quer sentar na frente (vou tentar de novo), me chama a cada linha pra ver se está certo, fica com preguiça de copiar no meio da aula e ainda é chamada de bugiganga pelos meninos da sala, porque

O mundo é uma quitinete, parte XXIII

Peguei carona com grande amigo do meu primo, que é primo de uma grande amiga. Pode?!

Samba universitário

Fim da noite, samba. Circo Voador, ao lado dos Arcos da Lapa, lua minguante bonita. Sambinha beeeeem universitário, mas bem legal. Casa, cinco da manhã. Quero morar aqui.

Assal tim bancos

Outro dia de praia, poxto 9 de Ipanema. Não achei os intelectuais, nem os artistas, nem as modelos, nem os maconheiros, nem os apitos. Só adolescentes. Tudo muito caro depois fui conhecer o projeto no qual meu primo trabalha. CIEP de Humaitá, meninada nervosa. Dei uns pedaços de aula sobre os saltimbancos, peça que eles vão montar. Como? Assalto a banco, dona?

Ridijaneiro

Manhã na praia neste domingão. E, brilhando na areia que me camufla, eu passo por uma turixta. Meu primo salva de não me explorarem muito. Não, merrmão, é dois reais! À tarde, passeio no centro. Resolvi levar a câmera, contra as recomendações da minha tia e seguindo as do meu primo. Em frente a UERJ, um figura pequeno, com faquinha de serra tramontina, vem delicadamente pegar a câmera do meu ombro. Sai fora merrmão, com um tapa no peito do carinha, que sai fora mesmo! O máximo de medo que planejei passar aqui já rolou. Bom! Depois daí, fantasiei minha câmera numa sacola de feira e tranqüila subi no bonde de Santa Teresa com um motorista beem carioca, que parava o bonde no caminho pra galera subir no estribo. Lá em cima, vista de tudo com o pão de açúcar no fundo. Foto: depois eu mostro.

Rio de Janeiro

5 horas de viagem à jato num cometão prata mais velho do que eu. Aê pessoal, meu nome é Jorrge, vamos levar umas cinco horas e meia e é proibido fumar mesmo no banheiro, diz o motorista. Aqui se fuma no ônibus, legal! Às cinco da manhã e 27 graus de calor, encontro quase toda a cidade embriagada voltando pra casa, outra parte caminhando com cachorros, outra trabalhando. Pra não acordar a parte que estava dormindo, resolvi dar um tempinho na praia. Têm velhos pescando da areia, com gaivotas pairando suaves sobre os peixes. Tem casais caminhando, crianças fugindo do mar gelado e desenhando na areia. Passam três meninos pretos e um pergunta. Aê, rola umas hora aí? 6:30 da manhã, Praia de Copacabana