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Mostrando postagens de janeiro, 2009
No último sábado eu fui em um batizado. A última cerimônia destas, que eu me lembro de ter ido, foi o meu próprio e do meu irmão. Da geração dos filhos da Saúde Pública, meus pais - ainda bem - optaram para que eu escolhesse minha religião, meus padrinhos e quem sabe, por Deus, ser agnóstica. O caso é que eu vim parar em um bairro circunvizinho a uma paróquia, e o meu orgulho de não ser batizada foi rapidamente substituido por um puro cagaço e um certo sentido de deslocamento. Aos sábados de manhã eu não tinha o que fazer, todas as crianças iam ao curso de primeira-comunhão; aos domingos, nas missas que eu fui, nem sabia direito o que fazer. Além do que as avós horrorizadas faziam um trabalho de base fortíssimo e eu sei rezar todas as rezas, sei fazer o nome do pai, tinha crucifixo e anjo da guarda na borda da cama. Não sei quem foi, mas me convenceram a ser batizada. Escolhi meus padrinhos, meus tios cariocas e ambos quase ateus, e fomos procurar uma igreja que n

Fechado pra balanço

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Hoje é o meu último dia de férias. Foi pouco, não deu nem pra distrair. Amanhã começo a planejar quatro cursos diferentes, para a mesma rotina de ping-pong entre itu e são paulo. Dá canseira de pensar. Mas eu não sou boa de não fazer nada. Fico meio perdida, igual hoje (e ontem)...Acabo fazendo coisas pouco produtivas como assistir TV, tirar uma musiquinha no violão, e...na hora que o sol baixa da linha do zóio, começar a beber... Balancete das férias: 1. Quatro dias na praia, um leve bronzeado e duas receitas novas de drinks 2. 26 dias em casa, 3 paqueras novos, um joelho machucado e o coração esfolado. 3. Uma epidemia de pulga, porque estou há 20 dias pra levar zizou no vet e fico com preguiça. 4. Três argentinos e um passeio até Jandira para conhecer a Comuna. 5. 1 aniversário que valeu por três, porque bebi muito. 6. Um hoje: dia dedicado ao balancete geral das férias, cálculo que pode obviamente ser acompanhado de uma cervejinha gelada.

"...seja feliz, adeus."

Da próxima vez, do homem que sair pela porta da minha casa, me despeço para sempre.

Deep en lo profundo

Necesitamos que algo nos inunde, nos traspase, nos rebase en miles de hebras de luz. Necesitamos saber cómo son las cortezas de los árboles por dentro. Necesitamos reírnos a carcajadas. Necesitamos cosas simples y complejas. Necesitamos todo. De Sofi "Bonbon" Arroñade, que de passagem pelo casulão me regaló seu livro de poesia.

Ela eu, ela ela ela, ela ela eu

Quando Zizou nasceu ela não tinha bolas. Pequenininha eu a vi, ainda sem estar certa de querer ter um gato, chamei-a por esse nome; ela parou de mamar e me olhou. Descobri que era o meu bicho. O nome vinha do jogador argelino, Zidane, um menino. O apelido, Zizou, podia servir para meninas, mas já predizia a confusão. Agora, com três meses, quase não restam dúvidas. Zizou é um menino: brinca de lutinha, gosta de morder, de azul e tem inegáveis bolinhas. Ainda que incerto seu real gênero, o nome Zizou continua servindo para os dois.