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Mostrando postagens de dezembro, 2004

Rumo a Cadeninhos 2005

Com essa minha mania de caderninhos já resgatei muita coisa boa. Já contei que às vezes anoto as coisas no meio da baladas ou no meio do dia ou da noite. São idéias que eu não posso perder, são coisas que eu vi, alguém me disse, alguma informação importante, um telefone, um site...e intermináveis lista de FAZER... ir na depil, comprar sal, ligar quem... Bem este ano de 2004 coube em dois caderninhos. O primeiro todo arrumadinho, era o oficial, acabou na Argentina. O segundo iniciou depois da volta da Argentina e da morte da minha avó. Era o puro caos...sem as capas, todo riscado de INSS, herança, cemitério, piqueteros, Casas André Luiz, ortopedistas e Nossa Senhora de Fátima. Olha o que eu achei no primeiro caderninho. Foi meu último grande momento com a minha avó. Tinha sido meu aniversário na sexta-feira santa, e nesses 27 anos foi o que caiu mais próximo da época em que nasci, o domingo de Páscoa de 1977. Daí, depois de gritar que em Itu não tinha nada de bom, resolvi prest

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Ontem calei E aproveitei pra não dizer nada.

Deprimentemente Bridget

Não falei! Tenho ódio de parecer com ela no quesito estragar tudo... Vamos lá, eu conto tudo. Sexta-feira à noite, banho tomado, sainha, rimel transparente, óleo de maracujá...tudo pra atravessar a rua e ir no samba. Meia hora depois chega o pessoal...mais meia hora depois chega ele. Só pra esclarecer, "ele" não é o Guey, é outro que apareceu por aí e vamos de chamá-lo por Neurinha. Este apelido, foi ele mesmo que se deu...porque ele diz que é neurótico. Pior, é ex-neurótico. Em tendo uma longa experiência com neuróticos e pela minha incrível capacidade de atraí-los, fiquei preocupada. Não quero! Pensei, falei, jurei... Até ontem à noite encontrar com ele, beber, fumar, beber, beber, fumar, fumar... e conversar um papo bom...meio neurótico, mas bom. De repente, todo mundo foi embora e eu e ele ficamos. Vamos pra minha casa, tá chovendo, vão roubar minha bicicleta, estaciona lá dentro, vamos comprar a última cerveja, eu não quero mais, eu quero. Papo vai... che

Se rio ou se mar

Bem, hoje está uma daquelas noites muito aprazíveis. É quinta-feira e o verão parece ter chegado no dia certo. Acho mesmo quinta-feira o melhor dia da semana. Tem lógica, até. Você já trabalhou de segunda até hoje...quatro dias...já está meio cansada...ao mesmo tempo em que o corpo, este rebelde incurável (ou drogado conformado não estou certa), já pede por embriaguez, um pega de luxúria e pelo menos meio trago de ilusão, afinal...desponta o final de semana. Quinta-feira é o dia que dá pra tocar o foda-se, com o perdão da palavra. Se hoje eu for dormir tarde, não faz mal passar o dia de amanhã com sono. Vai ser sexta-feira, e, caralho, como é bom viver no Brasil... e termos este acordo unânime e mais ou menos velado de que às sextas-feiras e segundas-feiras não se trabalha. Em segundo lugar vêm às quartas. Que não se trabalha muito porque é dia de meio de semana. O mais triste, de longe! E em geral as terças-feiras são conformadas. Mas as quintas..!!! De verão, chinelos, ro

Sede de vento bom.

Nesses últimos dias fiquei lembrando da minha adolescência em Itu. E de como eu sentia uma sede de todas as coisas, das músicas do mundo, dos filmes, das culturas, das viagens, do que bonito podia haver... ...sufocada na cidade e no meu pequeno quarto embaixo da casa, em noites de crise aguda de desidratação eu trepava no muro do vizinho e ficava sentada, só pra sentir o vento na cara, sinal de que o ar andava e por conseqüencia, o mundo estava girando independente da minha paradez. Estou lendo uma história que me lembrou este episódio. A personagem associa as grande mudanças da vida dela ao vento que soprou naquele dia. Hoje, tô com sede de vento bom.

Em tempo 2: Alejandra Pizarnik

Encontrei esta poeta na Argentina, disse pra Bia que ela ia gostar. Ontem peguei com o Carioca as coisas que as meninas me mandaram lá de Buenos Aires, entre tudo, o xerox do livro de Alejandra. Eu amei os poemas dela...que são de uma tristeza irreparável. Muito, muito maior que a minha. Hija del viento "Han venido Invaden la sangre. Huelen a plumas, a carencia, a llanto. Pero tu alimientas al miedo y a la soledad como a dos animales pequeños perdidos en el desierto. Han venido a incendiar la edad del sueño Un adiós és tu vida Pero tú te atrazas como la serpiente loca del movimiento que solo se halla a sí misma porque no hay nadie. Tú lloras debajo de tu llanto tú abres el cofre de tus deseos y éres más rica que la noche Pero hace tanta soledad que las palavras se suicidan."

Santa Cecília e a intelectual de salão

É isso, amigos e amigas. Descobri que para o dia 6/12, ou seja, A PRÓXIMA SEGUNDA-FEIRA, tenho que entregar meu relatório da Capes. Isto é, aqueles dois capítulos que eu deveria entregar ainda este ano deverão sair neste final de semana. Notei que meu corpo, meu inconsciente, os espíritos do bem, meu anjo da guarda ou algo do gênero, estavam tentando me avisar de que um alerta 911 estava próximo. Há três dias eu não durmo direito. Nos dois primeiros, rolei como um churrasco grego na cama, me embrulhei nas cobertas como um charuto e acordei como uma morta-viva... tudo isso por causa de uma sensação bem esquisita, que não era ruim e nem boa. No último dia, dei um golpe certeiro na insônia. Tomei três latinhas e um leitinho com Nescau pra arrematar. Dormi que nem ma morta-viva deve dormir. Mas as 5:30 da manhã...o alerta voltou. Descubro hoje que o relatório é pra segunda. Já tinha marcado depilação, mão e pé (ou seja, no mínimo 3 horas de cabeleireiro). Não faz mal, levo O Poder