Uma tia no Playcenter ou sobre adolescentes e outros monstros
De quando todo mundo se encontra no escuro, e no que isto pode dar. Do programão do qual todos os professores fugiram, a novata aqui aceitou. Êêê a professora vai! Afinal, havia 12 anos que não pisava naquela terra mágica das diversões e do consumo. E dessa vez eu iria do outro lado. A primeira descoberta foi a Sala dos Professores: telefone, fax, água, café, televisão, internet, sofás. Não consegui ficar nem dez minutos lá dentro porque havia 73 na minha responsabilidade lá fora. Duas horas depois eles nos encontram, todos encharcados e felizes...tinham conseguido ir em UM brinquedo. Vamo, vamo, vamo, fui. Uma hora de fila para passar um puta medo numa montanha russa violentíssima (é, agora são mais de três). Medo que eu me julgava imune, mas o brinquedo quase arrancou minha cabeça fora. A uma hora de fila também vale um comentário: novas regras. Quem reclamar de quem furar fila, apanha. Eu, um pouco constrangida, abriguei seis alunos que descaradamente pularam o labirinto de gradinha...