Deprimentemente Bridget

Não falei! Tenho ódio de parecer com ela no quesito estragar tudo...

Vamos lá, eu conto tudo.
Sexta-feira à noite, banho tomado, sainha, rimel transparente, óleo de maracujá...tudo pra atravessar a rua e ir no samba. Meia hora depois chega o pessoal...mais meia hora depois chega ele.

Só pra esclarecer, "ele" não é o Guey, é outro que apareceu por aí e vamos de chamá-lo por Neurinha. Este apelido, foi ele mesmo que se deu...porque ele diz que é neurótico. Pior, é ex-neurótico.

Em tendo uma longa experiência com neuróticos e pela minha incrível capacidade de atraí-los, fiquei preocupada. Não quero! Pensei, falei, jurei... Até ontem à noite encontrar com ele, beber, fumar, beber, beber, fumar, fumar... e conversar um papo bom...meio neurótico, mas bom.

De repente, todo mundo foi embora e eu e ele ficamos. Vamos pra minha casa, tá chovendo, vão roubar minha bicicleta, estaciona lá dentro, vamos comprar a última cerveja, eu não quero mais, eu quero.

Papo vai... chega uma hora nos atracamos. Nem estava morrendo de amores por ele, mas paguei pra ver no que dava.

Poucos minutos depois, na minha confortável cama, acontece aquela pergunta crucial: você têm camisinha? Não, nem eu. Chi, não dá, de jeito nenhum. Ah, eu tenho uma feminina em algum lugar....

Abre o saquinho, olha, gira, ninguém entende muito o que fazer com ela. Provado o potencial triplamente brochante deste acessório. E daí, vem a máxima da noite: É melhor mesmo não acontecer nada porque eu tenho uma namorada.

Eu dei uma risadinha só e falei algumas coisas que não eram exatamente o que eu gostaria de dizer e ...escorracei-o da minha cama. Muito mais pela raiva dele ter trazido a namorada como justificativa daquele ensejo do que propriamente por ela existir.

Estou ficando craque em escorraçar pessoas da minha cama. É o segundo neste ano, tô mandando mal. Nos dois casos eu não estava morrendo por eles.

Apesar de sexo nunca ser demais, fica a questão:

Se tivesse rolado, será que eu me sentiria pior do que me senti nesta manhã, acordando de ressaca, lembrando que eu toquei o cara no meio da tempestade, que eu comi macarrão e fui dormir, sozinha?

Comentários

TheGun disse…
pataqpareo!

Também estou ficando craque nesses "roteiros para crônicas do Luis Fernando Veríssimo". Nada mal, mas também nada pra comemorar.

A dúvida! Essa é cruel. Sei não... Mas o texto está ótimo!

Bejim

Postagens mais visitadas deste blog

Árvore da Vida, do Klimt

Ela eu, ela ela ela, ela ela eu